Os dados apresentados no post de 7 de fevereiro indicam que o sistema aeroportuário gera recursos que poderiam estar sendo aplicados no melhoramento e na expansão do sistema e que, simplesmente, não são aplicados.
Fica, portanto, comprometida a tese de que a iniciativa privada “trará recursos para os aeroportos” porque, em verdade, como declarado por um administrador de um aeroporto privatizado da América Latina, “o que a iniciativa privada faz é emprestar sua expertise na administração dos recursos existentes e que são gerados pelo próprio sistema”.
Com isso, ganha força a tese de que a participação privada na gestão dos aeroportos é a solução possível diante da incapacidade do governo em administrar com eficiência e eficácia uma Empresa como a INFRAERO.
Pois bem, se é por esta última razão exposta a insistência em passar para a iniciativa privada a gestão de aeroportos como o Galeão e Campinas, tudo bem, parece fazer sentido... São fartas as referências na mídia envolvendo supostos desvios de recursos em obras da INFRAERO, o inchaço da folha de pagamento para acomodar apadrinhados, a falta de implementação dos planejamentos aeroportuários, com a ausência de ordenação lógica dos investimentos para atendimento de interesses políticos, distantes das necessidades reais do sistema aeroportuário.
No entanto, ainda tento entender os porquês de não ter sido aventada a hipótese de o governo demonstrar que possui competência administrativa, tornando a INFRAERO uma empresa de fato, ainda que estatal, porém sob a administração de técnicos competentes, que a própria empresa os possui, e que não sejam meros serviçais de interesses políticos.
Seja qual for a decisão que se tome a respeito, espero que não fique relegado a um segundo plano a segurança das atividades aeronáuticas. Mas... isto é assunto para outro post.
Fica, portanto, comprometida a tese de que a iniciativa privada “trará recursos para os aeroportos” porque, em verdade, como declarado por um administrador de um aeroporto privatizado da América Latina, “o que a iniciativa privada faz é emprestar sua expertise na administração dos recursos existentes e que são gerados pelo próprio sistema”.
Com isso, ganha força a tese de que a participação privada na gestão dos aeroportos é a solução possível diante da incapacidade do governo em administrar com eficiência e eficácia uma Empresa como a INFRAERO.
Pois bem, se é por esta última razão exposta a insistência em passar para a iniciativa privada a gestão de aeroportos como o Galeão e Campinas, tudo bem, parece fazer sentido... São fartas as referências na mídia envolvendo supostos desvios de recursos em obras da INFRAERO, o inchaço da folha de pagamento para acomodar apadrinhados, a falta de implementação dos planejamentos aeroportuários, com a ausência de ordenação lógica dos investimentos para atendimento de interesses políticos, distantes das necessidades reais do sistema aeroportuário.
No entanto, ainda tento entender os porquês de não ter sido aventada a hipótese de o governo demonstrar que possui competência administrativa, tornando a INFRAERO uma empresa de fato, ainda que estatal, porém sob a administração de técnicos competentes, que a própria empresa os possui, e que não sejam meros serviçais de interesses políticos.
Seja qual for a decisão que se tome a respeito, espero que não fique relegado a um segundo plano a segurança das atividades aeronáuticas. Mas... isto é assunto para outro post.

Caro PJ,
ResponderExcluirParabéns pelo blog.
Temos que lembrar que a alocação inteligente, ética e eficiente de recursos é apenas um dos motivos para a privatização dos aeroportos. Outra motivação seria a descentralização da gestão da rede aeroportuária Brasileira. É possível que a multiplicidade de operadores aeroportuários privados no Brasil traga mais competição e expertise ao setor. Além disso, na minha opinião, aeroportos privados e descentralizados (ao contrário de uma gigante estatal ou mesmo privada) trazem mais possibilidade de integração com as comunidades locais, de forma a privilegiar uma melhor relação comunidade-aeroporto.
Anderson Correia